24.3.08
  Banda Endotermicos

No cenário do Amazonas, o espaço é curto e restrito para das bandas de rock alternativas. Muitas bandas tocam pelo fato do prazer continuo de fazer seu som e ter a presença de palco. O espaço é amplo, as bandas procuram sempre alternativas de shows, festas e contatos para mostrarem seu som, e com isso o Amazonas cresce com a riqueza e fruto do talento de seus conterranêos.
Algumas bandas já sairam da sua terra, para estados de todo Brasil em busca do sucesso, fama, dinheiro mas a maioria sem sucesso. Mas está bem representado por bandas manauras boas como : Mezatrio, Triplugados, Endotermicos respectivas com som forte e atrante que se destacam a cada vez.
As casas de shows de rock sao poucas, geralmente voce ve mais casa show de outros estilos de musicas, agora de rock voce nao ve muitas, uma que se tem destaque e o dinastia rock bar, que abre espaco para as bandas de rock e ajuda o cenario das bandas aumentar aqui em Manaus.

A Endotermicos e uma banda de rock, com muita coisa pra mostrar, tentando fazer a diferença de tantas bandas que estão por ae sem ter seu real valor.
Formada em setembro de 2007 pelos amigos ainda no colegial, a banda propõe som forte com influencias de Queens of the stone age, Strokes, Los Hermanos, Dead Fish, Radiohead, como nova e grande promessa do rock amazonense. No intuito de mostrar o verdadeiro rock no cenario do amazonas e do brasil, sempre com inovoções a proporcionar ao publico.

Contatos para eventos:
92(81292001)
92(99039913)
92(81737812)


Myspace : http://www.myspace.com/endotermicos
 
24.11.07
  Conheça Delta S!!!! \o/
=== DELTA-S ===
• Ricardo Delta - Voz/Guitarra
• Rafa - Guitarra
• Dudu - Baixo
• Vih – Bateria
=== BAIXE O CD DA DELTA-S ===
http://rapidshare.com/files/63254527/CD_Delta-S.rar
ou...
http://www.4shared.com/file/26725487/71a094af/CD_Delta-S.html
=== Fotolog ===
• www.fotolog.com/deltasrock
=== Fã Club ===
• http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40921089
=== Links ===
• http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=75232&mode=0
• www.purevolume.com/deltasrock

ADIQUIRA JÁ A CAMISA DA "DELTA-S" APENAS 15,00 REAIS!!
Comunidade:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40365352
 
6.10.07
  Divulgação de show

 
28.8.07
  Que país é esse?
Diogo Braz
As definições para “alternativo” ou “cultura alternativa” são múltiplas. Numa interpretação simples, pode se entender “alternativa” como uma opção de escolha diferente das usuais, daquelas que são costumeiramente tomadas como padrão.
Muitas vezes, cai-se na armadilha de pensar que o padrão é sinônimo de qualidade e que o contrário disso seja uma amostra de falta de critérios de produção ou algo de difícil identificação com o público, num contexto massivo. Tal entendimento pode ser considerado errado, pois o que se observa é que há pouca abertura na mídia para divulgar a “produção artística alternativa”, e como o público pode se identificar com algo que ele não teve a oportunidade de conhecer?
Uma das maiores balelas que se repete por aí aos quatro cantos é que a mídia toca o que o povo quer escutar. Muito fácil colocar a culpa pela degradação cultural brasileira no povo, o povão ou a massa. A massa é algo que não se identifica ao certo, não podemos apontar o dedo pra massa, pois ela é um coletivo, um conceito que criaram para inutilizar as pesquisas estatísticas. Qualquer coisa pode invadir o seu rádio ou TV com a simples justificativa de que agrada às massas.
Eu penso nisso... faço parte da massa, mas o que toca no rádio não me agrada. Logo, eu não devo fazer parte da massa, como eu pensava. Mas isso não é um privilégio, é um fator de exclusão, pois a mídia não está preocupada em oferecer entretenimento para mim?!?!?! Sabemos que não é nada disso. A mídia não se ocupa de atender a demanda das pessoas, é serviço dela criar uma necessidade de seus produtos nas pessoas.
O Brasil não é o país do pagode, do samba... odeio ver os jogadores da seleção brasileira de futebol subirem aos pódios com pandeiros e cavaquinhos! Não percebem que estão reproduzindo e reforçando o estereótipo do país do carnaval, da mulata nua banhada de purpurina requebrando os dotes físicos enquanto espanta os mosquitos transmissores da malária? Gringo pensa que isso aqui é somente amazônia, povo selvagem, turismo sexual e samba!!! Enquanto a mídia nacional quer que você pense que o Brasil é uma novela global das oito, com os ricos troteando em copacabana, ao som da bossa nova; e os pobres em mesas de bares boêmios, numa rodinha de pagode, cervejinha gelada no copo... tudo no melhor estilo malandro de ser.
Não, nada contra o pagode, nada contra a bossa nova. Mas o Brasil não é apenas isso, entende? Também é triste ver o forró nordestino, tão antigo e tão tradicional à cultura de um povo, estereotipado como novidade nacional, moda... Mudaram o estilo para facilitar a sua venda, agora é forró elétrico, ou forró universtitário... Luiz Gonzaga não agradaria às massas ???
O Brasil é rico, mas todo esse jogo é sujo!
Enquanto isso, vamos vivendo nos guetos, nos esforçando para ficarmos imunes às influências negativas da mídia e nos esforçando para conseguirmos ter acesso a um pouco de cultura que nos agrade.
Abraço forte!
 
26.7.07
  OS EFERVESCENTES
Os Efervescentes estão em plena fase de reação química.
O single “Por que não relaxar?” / “Sempre que eu vejo” acaba de ser lançado, quase que simultaneamente ao anterior, o 3º da banda, com as músicas “Não demore” e “Ninguém quer conhecer”.
Apresentando composições inéditas, os dois lançamentos mostram uma nova banda, porém com as mesmas influências sessentistas que sempre fizeram a alegria dos inúmeros fãs espalhados pelo Brasil: Rock dançante, canções rápidas, vocais bem trabalhados e guitarras rasgantes. Animação garantida.

Após cerca de dois anos de intensa produção e ebulição musical, a banda foi obrigada a passar um tempo longe dos palcos, por conta da saída do vocalista e guitarrista, Rodolfo Krieger (atualmente na Cachorro Grande). Apesar da perda, Beto Stone (bateria) e Felipe Grimm(baixo) decidiram que a banda deveria seguir em frente, embora alguns pensassem que esse fosse o fim dos Efervescentes. Daniel Tessler (voz e guitarra) fora o novo escolhido para completar o trio.

Os Efervescentes estão prontos para fazer muito barulho por aí e conquistar novos fãs. Relaxe e aguarde, em breve também na sua cidade.
Texto de Bruno Bazzo

Links:

www.myspace.com/efervescentes
www.tramavirtual.com.br/os_efervescentes
www.fotolog.com/os_efervescentes
 
3.7.07
  Anúncio de festas envie para agarotaverde@gmail.com
 
12.5.07
  VOLPONES!

Nova banda santista mostra que o Rock N' Roll ainda tem muita brasa pra queimar!
Formada em 2006, por Carlos Pontes nos vocais e guitarra, Cinho de Domeniconas na guitarra, Alexandre Mello na bateria e Everton Kill no baixo.
A banda lança agora seu primeiro EP, intitulado "SE AINDA ME QUISER", contendo 5 músicas.
Influenciados por Rolling Stones, Beatles e Roberto Carlos, fazem um verdadeiro Rock N Roll básico e visceral.
Escute Alto!
Entre você também para a comunidade VOLPONES no ORKUT, lá você encontrá todos os links sobre a banda.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=28604646

www.volpones.com

 
13.3.07
  Sobre a visualização do blog
Pessoal, estou com dificuldade de configurar uma boa visualização para alguns monitores. Tenho acessado em lan house onde a polegada é 17. Caso vc não tenha uma boa visualização favor avisar e me dizer q polegada é seu monitor.
Valeu a compreensão.
Mj.
 
12.2.07
  Manu Chao
Estava, hoje, navegando por aí e encontrei uma declaração do Manu Chao, pra quem não conhece eu recomendo que procure conhecer, pois o som dele é, no mínimo, muito interessante.
Aí vai a declaração. Eu acho até que ela poderia ser um comentário sobre aquele post sobre os benefícios da internet no mercado musical.

"Estamos vivendo um momento muito interessante na música, por exemplo, com uma revolução decorrente dos problemas enfrentados pelas gravadoras, que tinham todo o mercado para elas. Agora, está tudo mudando. Chegou a internet e uma pirataria cada dia mais forte. As grandes gravadoras estão perdidas, sem saber como reagir diante dessas novidades. O problema básico continua sendo o mesmo --não é como produzir música, mas como distribuí-la, como fazê-la chegar até as pessoas. A internet fez algo extraordinário, porque permite que qualquer cara da periferia possa fazer sua música chegar ao mundo inteiro. A questão é saber como esse cara pode ganhar a vida assim. A discussão é quem vai controlar a internet. As gravadoras estão tentando desesperadamente conseguir isso, para reservar o mercado para si. Mas penso que elas dançaram. É tarde demais"

olha o link:
http://preparacaovocal.blogspot.com/2004_06_01_preparacaovocal_archive.html

É isso, já que ele (o Manu Chao) não postou nos comentários, eu posto pra ele. hehehe
Abraço forte!
Diogo Braz, membro da Eek e jornalista (buscando um bico de assessor)
 
  Nós e nossas mp3...
Quanto maior a oferta, maior é a dúvida... Sei que não sou o único neurótico aqui com essa questão pulguenta atrás da orelha. Quando chego cedo numa sessão de cinema e me deparo com todas as possibilidades de assentos livres, esperando a minha escolha, quase que entro em pane. Oh! dúvida cruel. A questão é que é bem mais fácil e cômodo "escolher" aquela poltrona restante, a única que sobrou... Durante um bom tempo, as gravadoras, rádios, MTV e a mídia em geral têm realizado essa tarefa por nós... a de eliminar as arestas e nos oferecer os "assentos restantes" da música. Adaptados a essa realidade (a de ouvir a música no rádio, ler na revista, ver na TV, comprar o CD na loja), até nos perdemos num universo musical disponível para download. "Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza"; a Internet chegou, há tempos, escancarando a porta, mostrando várias possibilidades de escolhas. Por exemplo: O site Tramavirtual tem, neste momento, 36027 artistas ou bandas cadastradas e 90422 mp3 disponíveis; e ele é apenas um dentre milhares. Você levaria a sua vida inteira e mais a do seu filho para escutar uma parte mínima significante do material disposto na net.
Ok, vimos o lado bom. É inegável que o conhecimento liberta: quanto mais possibilidades existem, mais chances temos de encontrar nossa verdade, algo que valha a pena. A evolução foi, sem dúvidas, uma revolução. Propiciou uma série de vantagens para artistas e público, mas... sabe aquela questão da dúvida? Da escolha? Eis um ponto delicado. Entenda... antigamente estabelecíamos um vínculo forte com aquele CD; ele era nosso amigo. Nos momentos de alegria e tristeza, compartilhávamos nossos pensamentos e sentimentos com aquelas músicas; fazíamos a trilha sonora de nossas vidas e degustávamos o trabalho artístico de bandas, compositores... Sabe? No mínimo, a gente demorava mais apreciando os discos e as canções e acabávamos compreendendo melhor a obra, mergulhávamos nos universos sonoros daqueles discos. Isso acontece sim, há detalhes que somente percebemos com a familiaridade com o objeto.
Hoje, talvez pela ânsia de escutar as possibilidades que aparecem na tela do nosso PC, engolimos sem mastigar todas as boas músicas à nossa frente. Talvez por isso seja difícil uma banda com um som mais experimental e complexo fazer sucesso hoje em dia. A música tem de ser extremamente simples e grudenta aos ouvidos e à mente, pois as chances que ela tem para atingir o público são cada vez menores. Isso é verdade, nossa voracidade fez com que nos tornássemos impacientes e implacáveis... se não assimilamos a música na primeira audição, descartamos ela... Ora, há uma centena de outras músicas para ouvir. Acabamos por não criarmos vínculo com aquele trabalho. Queremos descobrir os tesouros, então descobrimos, escutamos umas duas vezes e já partimos em busca de outros...
Acho que ainda não nos acostumamos à velocidade do nosso tempo. Eu, particularmente falando, não sei lidar naturalmente com esse panorama.

Abraço forte! Diogo Braz*

*É membro da banda Eek e jornalista
 
  Grande Graforréia Xilarmônica lança cd ao vivo.

Sempre vale a pena conferir Frank Jorge e a Graforréia Xilarmônica.
www.carlopianta.com
http://tramavirtual.uol.com.br/artista/graforreia_xilarmônica
http://www.ranchodealvorada.blogspot.com/














*Marjorie, da Garota Verde.
 
2.2.07
  Espíritos num mundo material
Triste o dia em que o diabo inventou o dinheiro... Quem mais daria a idéia de colocar preço na arte? Fazendo isso, inconscientemente, transformamos a música, literatura, dramaturgia, e etc, numa mercadoria disposta à poeira das prateleiras das "megastores"...
Para mim, o escambo seria muito mais justo. Os compositores e músicos disponibilizariam a sua produção cultural e as pessoas lhe disponibilizariam o que viessem a produzir também... Nada mais que justo; cada um contribuiria socialmente com aquilo que soubesse fazer. Creio que a música, a literatura, o cinema, são tão essenciais à vida quanto o pão. Não é exagero, "música é alimento da alma", certo?
Enquanto vivemos e olhamos as grandes cifras grudadas em pequeninas etiquetas nas capas de CDs, a música e as demais artes vão sendo contaminadas pelo capital. Não quero parecer “radicalóide” nestas linhas, apenas quero dizer que dinheiro e arte não são os ingredientes mais indicados para estarem juntos na mesma sopa.
Qual a influência do dinheiro na música? Bem, basta sintonizar uma rádio FM e você descobrirá. Ou você ainda acredita que a mídia transmite o que o povo quer ver ou escutar? Todos os dias, a todo o momento, a indústria fonográfica tenta nos alienar pelos ouvidos. Criam segmentos e rótulos para ficar mais fácil de “bolar” as suas estratégias de marketing; criam modas e inseminam artificialmente uma dúzia de artistas de um sucesso só, para acompanhar a boiada. A porteira aberta pelo jabá é larga e essa música (geralmente de péssima qualidade) tem grande acesso às pessoas.
Não é interessante para esses empresários realizar o mesmo investimento em artistas que fazem música que force o ouvinte a usar um pouco mais do cérebro. Eles querem o sucesso imediato, a música do refrão chiclete, que traga o duplo sentido, que seja chula e descartável. Descartável porque precisam ser jogadas no lixo e esquecidas para que novas modas e canções igualmente descartáveis surjam e completem o seu ciclo de alienação. As modas e as suas péssimas canções vêm, têm o máximo de exposição, vendem até o bagaço da laranja e depois são jogadas na lata do lixo. Logo, surgem outras e outras e assim caminha a humanidade, talvez para um abismo de ignorância... um abismo com trilha sonora de novela das oito.
Já que os ventos do mercado sopram nessas rotas insalubres, é melhor não contarmos com a maré para encontrarmos boa música. Se o panorama é esse, temos de nos esforçar mais para sairmos das garras do sistema, para podermos, assim, montarmos nosso gosto musical; a liberdade é essencial nessas horas. O dinheiro dá as cartas nesse jogo, mas sempre temos um coringa na manga, que é ir contra a corrente. Acho que somente assim o público vai se educar a ter interesse pelas novidades musicais da cena independente: desfazendo os antolhos (aqueles trecos que se põe nos olhos dos cavalos para que eles vejam somente o que está à sua frente e não olhem para os lados) alienantes do mercado.
Também é triste ver artistas se moldarem para se adequarem a essa realidade suja. Eles “limpam” o som, fazem a barba e se sujeitam às regras do jogo. É bonito escutar o rock nacional da década de oitenta, apesar das horrendas baterias eletrônicas (hehehe). Naquela época, a música tinha cérebro e estimulava o povo a pensar. Boas canções, que viraram clássicos e tiveram papel cultural importante em lutas democráticas e na caracterização de uma sociedade pós-governo militar. Dizem que a diferença da década de 80 para os nosso dias atuais é que os jovens daquela época tinham algo para lutar contra. Eu não acredito que os jovens de hoje não tenham mais nada para combater... leia os jornais, veja a televisão. Acho que a situação do país hoje não é nada paradisíaca, mas não se faz mais música de protesto. Os punks viraram emos e cantam como adolescentes apaixonados para adolescentes apaixonados que assistem malhação. As suas canções são tão explosivas quanto o estouro de uma acne. Desculpem a generalização, mas nos conformamos mais uma vez com o discurso da mídia de que a luta acabou. Ao contrário, o sistema não baixou a guarda e continua alienando público e artista, com a falsa promessa do sucesso e da realização através das vias sugeridas. Valores materialistas para dias materialistas e pessoas materialistas. Somos nós, tão afundados na lama da indústria cultural que nem conseguimos escutar direito as boas coisas da vida. Oh céus, gostaria de sintonizar algo que valesse à pena nas FMs.
Enfim, é isso... Vamos quebrar as correntes e vamos ficar livres de padrões e preconceitos. Vamos ter paciência e interesse em escutar o som de bandas independentes e desconhecidas. Vamos aprender a deixar a música falar mais alto que o din din, o arame, a bufunfa...
Abraço forte! Diogo Braz*
*É membro da banda Eek, jornalista e está cantarolando agora uma cantiga do The Police
 
25.1.07
  Downloads Vs. prensagens: Reflexões sobre o mercado musical em tempos de Internet
A música se renova em suas formas enquanto os dias são riscados dos calendários. Desde que o Vinil perdeu espaço para o CD, as pessoas aprenderam a lidar com o formato digital do som. Ele (o som) é tão facilmente manipulado nesse esquema que qualquer pessoa munida de computador, alguns softwares e acesso à rede pode ter contato com um universo de produções artísticas tão ilimitado que, se formos pensar nos bilhões de usuários da Internet, é bem capaz de nos perdermos nos algarísmos e etc etc etc etc etc...
Antes, eram aqueles bolachões de vinil com suas grandes capas, encartes bonitos e criativos. Havia a magia do contato das mãos com o disco, de posicionar a agulha sobre a faixa escolhida, de colocá-la cuidadosamente; de se deliciar gravando seleções musicais nas velhas fitas K-7. Daí chegou o pequenino CD, que mais parece uma xerox reduzida do velho LP. Os artistas aprenderam a trabalhar com aquela nova mídia: havia mais espaço para as canções e também havia recursos como o CD-Rom, nenhum chiado de agulha... Ok, o CD tem sim as suas vantagens.
Alguém teve a idéia de jogar a informação do som digitalizado na Internet e pronto! A revolução estava feita! Agora esse é o cenário que nós presenciamos... do nosso computador pessoal, no conforto do lar, em mal iluminadas lan-houses, no trabalho ou sei lá onde... podemos ter acesso a um acervo musical tão vasto que parece até ser ilimitado. Sites de downloads e programas de compartilhamento de arquivos P2P surgiram, meio que sem a atenção merecida, causaram polêmicas e quebraram o paradigma dos direitos autorais. A pirataria, que já existia tímida na era do Vinil, explodiu e começou a incomodar a famigerada indústria fonográfica. O surgimento de coisas como gravadores de CD e DVD; troca de arquivos gratuitos na Internet; o mp3; mp4 e as rádios online geram debates acalorados sobre uma questão, a qual julgo ser de interesse das pessoas que fazem música independente: A livre distribuição de músicas pela Internet é prejudicial ou benéfica aos artistas?
Creio eu, na minha humilde opinião, que essa “nova” realidade tem muito em que beneficiar as bandas que estão começando (ou que já estão na estrada, mas que não contam com a estrutura de uma gravadora e equipes de marketing por trás) a divulgar e distribuir o seu som, a sua produção.
Para quem nasceu na era do vinil, pode até parecer estranha a idéia de que está próximo o fim de suportes materiais da música, como o CD, o Vinil, e etc... Em breve, serão peças de colecionador ou apenas lixo. Não a música, mas o seu suporte físico. Para a nova geração, que já aprende a escrever utilizando o teclado de um computador, essa idéia de que a música está desassociada do seu suporte é mais assimilável. Tanto faz o formato, a música é igual a dados, e eles estão aí à disposição de todos. Essa “nova” realidade é um soco muito forte na boca do estômago de quem realmente ganha dinheiro vendendo discos: A indústria fonográfica. E ela deve aprender a dançar conforme a música.
“Como lidar com essa realidade” é a grande questão. Não no sentido de tirar proveito dela, mas de interagir com os “novos” meios, proporcionar o acesso às pessoas que estejam interessadas em ter acesso às músicas... A música é livre, certo? Ninguém deveria ser privado de ter acesso a ela, mas os artistas também têm o direito de se sustentar de sua arte. Como fazer isso? Não sei. Mas pensar na realidade atual do mercado musical é pensar também em questões como o acesso da sociedade brasileira ao computador, à Internet, ao conhecimento; é tentar entender e desmascarar a alienação do público feita pela mídia e a indústria do Jabá; é se esquivar dos interesses do capital e ter disposição para garimpar os tesouros auditivos perdidos.
Talvez não devêssemos nos assustar nem nos empolgar tanto. Essa porta escancarada nos traz dilemas importantes para serem discutidos: Além do já citado ponto de interrogação “A livre distribuição de músicas pela Internet é prejudicial ou benéfica aos artistas?” (penso que é benéfica), deparamo-nos, também, com outros pontos de debates: “Como filtrar tanta informação e achar o que você realmente procura?”; “a incursão da música na Internet não seria sectária e excludente? Porque muita gente não tem condições de acesso à rede”; “como será o mercado daqui pra frente?”; “como fazer pra se sustentar de música?”
Bem, as perguntas ficam esperando debates e possíveis respostas.
Prometo falar depois sobre uma coisa que me perturba um pouco nesse “novo” (entre aspas porque já não é novo mesmo) paradigma: Como é difícil degustar as músicas agora com esse volume devastador de informações.
Abraço forte! Diogo Braz*
*É membro da Eek, jornalista e usuário do e-mule.
 
3.1.07
  O pessimismo da Música Independente Brasileira
É interessante observar o pessimismo velado na língua das pessoas que fazem música independente nos nossos diversos cenários. Seja na nossa cidade, seja na TV, nas rádios comunitárias ou comerciais, na Internet ou até mesmo num bate papo despretensioso na mesa de um botequim... Todos reclamam da falta de espaço, da impossibilidade e dificuldade de fazer seu som... Algumas pessoas realmente reclamam!!! Mas isso não é o pior, o pior é reclamar e não fazer nada para mudar isso. Na minha humilde opinião, reclamar e não fazer nada a respeito é a mais cômoda forma de pessimismo, pois é mais fácil ficar sentado na sombra esperando a maçã da oportunidade cair sobre a cabeça do que subir no pé e arrancar a fruta do talo. Enfim, acredito que quem quer acontecer deve fazer a sua hora, ou pelo menos tentar.
É claro que nem todos têm a obrigação de se engajar numa causa tão nobre quanto a de fazer a roda da música independente girar; mas, se você não se dá ao mínimo esforço de pensar em soluções para sair do buraco, pelo menos que pare de sussurrar aos ouvidos de todos que é impossível fazer música independente no Brasil.
Sei que a contribuição deste blog para girar a roda da música independente é mínimo, é um milésimo, um esforço microscópico, eu sei... não seria pretensioso em achar que este blog poderia mudar a história da música independente brasileira, mas... Este blog é mais um espaço aberto para discussões, para lançar idéias, para projetos em conjunto, para criarmos uma certa unidade, para conhecermos nossos trabalhos, para nos divulgarmos (não fazer spam, mas divulgarmos nossas opiniões sobre questões de interesse comum), para estabelecermos links... uma extensão da comunidade do Orkut, como bem falou a Marjorie. E eu enxergo esse blog exatamente assim, uma oportunidade de estender, de fazer crescer, de multiplicar o alcance de nossas idéias através do saudável debate. Bem, é o que se pode fazer, e é o que está sendo feito... As palavras continuam aí, esperando que você dê sentido a elas, e que você interaja. O espaço está aberto para você que reclama da falta de espaço.
Será que continua sendo mais fácil ficar sentado embaixo do frondoso pé da acomodação, cantarolando aquela velha cantiga pessimista do que pressionar algumas teclas e interagir? acho que sim... onde estão os comentários?!?!?!
Abraço forte! Diogo Braz*
*É sonhador otimista convicto, jornalista e integrante da banda Eek
 
27.12.06
  Vamos curtir um barato juntos... A Mopho e seu bom e velho Rock n' Roll
Quarta-feira sem-graça em Maceió... Não sei quanto o termômetro aponta, pois estou enfiado numa sala de paredes sujas e ar-condicionado forte de uma repartição pública, aproveitando o acesso à Internet para postar aqui. Estou sem acesso em casa, por isso peço desculpas por tamanha demora em novas postagens.
Se tivesse conseguido postar ontem, falaria do Vanguart, com sua música "Semáforo", mas deixo isso para uma outra terça-feira. Hoje, "vamos curtir um barato juntos"!
Seria difícil imaginar que a região agreste de Alagoas, mais precisamente a cidade de Arapiraca, seria berço de uma das grandes bandas do atual cenário alternativo brasileiro, a Mopho. Tudo bem, é difícil imaginar também porque algum produtor ainda não "pegou" essa banda e a "estourou" no mercado. O renomado produtor Luiz Calanca, dono do selo "Baratos afins", aquele que mesmo que produziu os cults "Mutantes", não ficou imune à magia do som da Mopho e produziu seus dois trabalhos; dois discos de Rock n' Roll com nuances sessentistas e setentistas, mas bastante distintos um do outro. O álbum inaugural, "Mopho", de 2000, foi gravado com a primeira formação da banda (João Paulo, guitarra, violão e vocal; Hélio Pisca, bateria; Júnior Bocão, baixo e backvocal; e Leonardo, teclados e vocal) e mostrava uma atmosfera inspirada em sons lisérgicos, psicodelia, de arranjos elaborados e o tempero do rock antigo.
O "rock antigo" é uma das marcas da banda; nascida como "Água mineral", a Mopho mudou de nome quando um amigo da banda, ao assistir um ensaio, comentou que eles não iriam a lugar algum fazendo aquela música retrô, que eles iriam mofar no estúdio, assim como a música mofada que eles tocavam. Os músicos tomaram a crítica de bom modo e se apropriaram da declaração do amigo para melhor caracterizar a banda no nome, mas não mexeram no som. Estava assim batizada a Mopho, com PH pra dar um charme mais "vintage" ao grupo.
A primeira fita demo (uma leitura mineral incrível) chegou mais tarde, quando eles já estavam estabelecidos na cena alternativa alagoana, às mãos de Calanca e ele apostou no som da banda, lançando "Mopho" pelo selo da "Baratos Afins".
Com o lançamento do disco, a Mopho passou uma positiva temporada em São Paulo, onde fez shows, deu entrevistas e conseguiu arrancar elogios da crítica especializada, de músicos como Arnaldo Baptista, dos Mutantes, Rogério Duprat, maestro tropicalista, e Samuel Rosa, do Skank (que mais tarde veio declarar que o som da Mopho serviu de inspiração para a sua banda realizar o disco "Cosmotron"), e boa repercussão no exterior (o álbum "Mopho" entrou na lista dos 35 mais pedidos de uma rádio universitária da califórnia já na posição de número 29).
Na volta da temporada em SãoPaulo, os 4 integrantes da Mopho começaram a produzir o seu segundo álbum. O trabalho foi interrompido por crises internas e a banda se separou. De um lado, Hélio Pisca e Júnior Bocão formaram a "Casa Flutuante", também ótima pedida para quem gosta do bom e velho Rock n' Roll psicodélico; e do outro lado ficaram João Paulo e Leonardo, ainda com o nome Mopho. Os dois descartaram as gravações feitas com os antigos companheiros de banda e iniciaram a produção e gravação do segundo álbum a quatro mãos. Os dois se revezaram em alguns instrumentos e gravaram a maior parte das músicas na casa de João Paulo. Com o disco em baixo do braço, levaram para Calanca dar o toque final da produção e lançaram o tão aguardado “Sine Diabollo, Nullus Deus”, em 2004. O disco apresenta uma Mopho mais intimista, crua, ainda mais psicodélica e, ao contrário do que possam pensar, um disco mais trabalhado, intenso. Uma obra para escutar, re-escutar e descobrir novos detalhes a cada nova audição.
Para entender melhor o som da Mopho, é interessante observá-la em seu habitat de origem: os palcos alagoanos. Por aqui, João Paulo é uma espécie de "guitar hero", sua habilidade nas seis cordas já seria o bastante para destacá-lo como grande músico, mas além disso, o líder da Mopho (hoje em dia o único da formação original, pois Leonardo não está mais na banda) canta com sentimento, compõe com qualidade de impressionar até Darian Sahanaja (Wondermints), parceiro musical e maestro de palco de Brian Wilson (Beach Boys), que declarou que ele era "um grande compositor". Aliado a João Paulo, estão na nova formação o também respeitado guitarrista Nardel e o tecladista Dinho, viurtuose que chegou a fazer turnê inclusive com a banda metaleira "Dr. Sin". A banda consegue agradar a várias faixas etárias; uma boa parte do seu público sequer conhece as referências sonoras da banda... Mas eles encarnam o espírito do velho e bom Rock n' Roll; escutar a Mopho é retomar um passado que não presenciamos, aproveitar o clima de vinil na vitrola, mesmo que em CD... Enfim, eu recomendo!
Abraço forte! Diogo Braz
 



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Portal de bandas independentes.
(menos pagode - ou seja: se vc for pagodeiro não será aceito.)

Com o objetivo de união, interação e divulgação das bandas que defendem sua bandeira autoral e lutam por seu espaço.

SE VC SÓ CURTE BANDAS INDIE TB É MUITO BEM VINDO!

Orkut
Bandas Que Estão Na Comunidade:
  • 220 VOLTS - Maceió/AL
  • Acido ViniL - Porto Alegre
  • Aip! - Cidade/Estado
  • b 57 - Bostom USA
  • Boddah Diciro - Palmas/TO
  • C4 - Viamão/RS
  • Cacofônicos - Curitiba/PR
  • Cacto Rosa - Porto Alegre/RS
  • CIRCO VIVANT - Cidade/Estado
    Contagem Agressiva - Cidade/Estado
  • DammiT - Guarulhos/SP
  • Denollie - Salvador/BA
  • DECIBEL- RECIFE/PE
  • Delta-S - Cidade/Estado
  • Dex 69 - Porto Alegre/RS
    Dymon´s - Cidade/Estado
  • EeK - Maceió/AL
  • Emguias$$$$$$ - GUARULHOS/SP
    Empire's Machine - Curitiba/PR
  • Endotermicos - Manaus/AM
  • Engels - Curitiba/PR
    Estado de Alerta - Cidade/RJ
  • Estado Deplorável - Jaraguará do Sul/SC
  • Exter - Guarulhos/SP
  • Fliperama - Cidade/Estado
  • Fotovoltaicos - Campo Grande/MS
  • Gardenia - Cidade/Estado
  • Garota Verde - Viamão/RS
  • HIPOTERMIA - Viamão/RS
  • Índice Geral - Goiania/Go
    Interferência - Campo Grande/MS
  • KIDS GRAÇA - Cidade/Estado
  • Leenuz - Campo Grande/MS
    LYNCE - Porto Alegre/RS
    Lo-Fi-Dreams - Curitiba/PR
  • lotuzz - Campo Grande/MS
  • MACUECOS - São Paulo/SP
  • Maddame Butterfly - Hortolandia/SP
  • mad lazzy - Cidade/RS
  • Malditas Ovelhas - Araraquara/SP
  • Móbiles - Curitiba/PR
  • Mr. Jingles - Curitiba/PR
    Nadrena - Jordanópolis/SP
    NeoN - Ciadde/Estado
  • No Smic - Viamão/RS
  • Olivia - Seropédica/RJ
  • OS EFERVESCENTES - Porto Alegre/RS
  • Pisciforme - Curitiba/PR
    Porko$ - Cidade/Estado
  • Red Flame - São Paulo/SP
  • Re-Learning*** - Osasco/SP
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